Queda é generalizada nas regiões administrativas; projeção indica redução de até 96% na comparação com 2016 ...
Queda é generalizada nas regiões administrativas; projeção indica redução de até 96% na comparação com 2016

Os roubos em transporte coletivo no Distrito Federal registraram queda significativa em 2025 e alcançaram o menor nível desde 2016. Entre janeiro e novembro deste ano, foram contabilizadas 99 ocorrências, ante 222 no mesmo período de 2024 , uma redução de 55,4%, segundo dados da área de segurança pública.
A tendência, de acordo com as projeções oficiais, é que o ano se encerre com retração superior a 50% em relação ao total do ano passado. O resultado consolida uma trajetória de queda observada ao longo da última década. Em 2016, ano de maior incidência desse tipo de crime, o DF registrou 3.130 roubos em coletivos. A estimativa para 2025 aponta redução acumulada que pode chegar a 96% na comparação com aquele período.
O recuo é observado de forma ampla nas regiões administrativas. Levantamento da Subsecretaria de Gestão da Informação mostra quedas expressivas em Planaltina (-81%), Santa Maria (-79%), Estrutural (-73%), Brasília (-58%), Samambaia (-51%) e Riacho Fundo II (-50%). Em áreas como Núcleo Bandeirante, Itapoã, Paranoá, Varjão, Sobradinho, Jardim Botânico, Candangolândia, Brazlândia e Arniqueira, não houve registro de roubos em ônibus ao longo de 2025.
A diminuição dos casos é associada a mudanças estruturais no sistema de transporte público e à atuação integrada entre as áreas de mobilidade e segurança. A Secretaria de Transporte e Mobilidade destaca a ampliação do pagamento digital de passagens, que reduziu a circulação de dinheiro nos veículos e, consequentemente, a atratividade econômica desse tipo de crime.
Além disso, todos os ônibus e terminais do DF são monitorados por câmeras. A cooperação entre a Semob e a Secretaria de Segurança Pública foi ampliada em junho, com o compartilhamento de imagens e dados sobre rotas e localização de veículos, motoristas e passageiros incluindo táxis e veículos por aplicativo.
A integração de informações permite resposta mais rápida das forças de segurança, apoio à prevenção de ocorrências e maior eficiência na apuração de crimes. As pastas afirmam que o tratamento dos dados segue os parâmetros da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e é restrito a finalidades de interesse público.
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